sábado, 31 de março de 2012

O Movimento Reformista de 1914 e Posteriores PARTE I Quando, onde e PORQUE SURGIU O MOVIMENTO DE REFORMA NA IASD? O Movimento de Reforma, intitulado “Sociedade Missionária Internacional dos Adventista do Sétimo Dia Movimento de Reforma”, surgiu em 1914, na Alemanha, baseado no fanatismo de algumas pessoas, em sua maioria líderes da IASD naquele país. Quando ocorreu a Primeira Guerra Mundial, alguns pastores adventistas, líderes da Igreja na Alemanha, sem qualquer autorização da Associação Geral, escreveram alguns artigos apoiando a participação de jovens adventistas na guerra. Isso causou polêmica entre os membros, pois alguns não concordavam com tal atitude, e começaram a criar uma outra guerra – agora dentro da IASD. Em vez de tentarem resolver pacificamente o problema, começaram a acusar a Igreja Adventista de ser “Babilônia”. Estes irmãos não esperaram a decisão da Conferência Geral sobre o assunto, ocorrida em 1920. A esta altura, os “reformistas” já estavam organizados separadamente da IASD. “ Na América do Norte, não examinamos profundamente vossa causa, de forma que não tomamos ainda nenhuma decisão. Sentimos que não podíamos tomá-la devido à grande distância que havia entre nós. Também sentimos que não era prudente aprofundar o assunto e chegar a conclusões durante a grande luta, e em meio a todas as dificuldades que estava encerrada. Desejamos deixá-lo até virmos aqui para discuti-lo face-a-face ” (Protocolo de Friendensau, p. 3).,0 Vejamos um diálogo entre A. G. Daniels, então presidente da Associação Geral dos Adventistas, e E. Dorsheler, primeiro presidente do Movimento de Reforma. Daniels: Desde quando começou sua organização? Dorsheler: Desde 1915 . Daniels: Querem dizer vocês que este quadro (a verdadeira igreja) representa a congregação de vocês, e o outro quadro (a igreja apóstata) significa a nossa organização? Dorsheler: Não sabemos nada, todavia, da América do Norte. Não sabemos se está baseado nos princípios antigos; porém, se na Alemanha não se retira o documento dirigido ao ministério da guerra, nós representamos um quadro (a verdadeira igreja) e vocês o outro . A Conferência Geral daquela época não apoiou os documentos publicados pelos dirigentes alemães. Vejamos o que o presidente da IASD declarou: “ Nestes países se fizeram algumas declarações que não nos parecem de todo bem. Gostaria de dizer que quando recebemos na América do Norte a declaração do irmão Dail, não nos pareceu correta, e lamentamos isso ” (Protocolo de Fiendensau, p. 32). Esse mesmo pastor Dail, reconheceu seu erro posteriormente. Em 1922 o Comitê executivo da Divisão Européia fez uma declaração reconhecendo que eles erraram em terem publicados os artigos sobre a participação dos jovens na guerra: “ No concílio do comitê da Divisão Européia, em Gland, Suiça , de 27 de dezembro de 1922 a 02 de janeiro de 1923, revisou-se nossa posição durante a guerra, conforme expressa em diversos documentos, e nós por meio desta, mediante nossas assinaturas, confirmamos novamente o que já foi declarado em Fridensau, em 1920, o nosso pesar pelo fato de terem sido omitidos tais documentos ” (O Movimento de Reforma entre o Povo Adventista, p. 11). Apesar desse reconhecimento de erro, os reformistas continuaram acusando a IASD, dizendo que ela não é mais a Igreja de Deus. Sobre este tipo de acusação, a senhora White escreveu: “ Coisa alguma ofende tanto a Deus como os servos de satanás se esforçarem para privar Seu povo de seus direitos. O Senhor não abandonou o Seu povo. Satanás aponta os erros que eles têm cometido, e procura fazê-los crer que se separaram de Deus ” (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 397). O Movimento de Reforma surgiu sem qualquer base profética, pois vivem apenas para acusar a Igreja Adventista, pregando sempre a divisão, e não a união, pela qual Ellen White tanto apelou. “ Os que têm proclamado ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia babilônia, tem feito uso dos testemunhos para dar a sua atitude um aparente apoio, mas por que é que não apresentaram aquilo que por anos tem sido a preocupação da minha mensagem – unidade da Igreja? Por que não citaram as palavras do anjo: Uni-vos, uni-vos, uni-vos? ” (Testemunhos para Ministros, p. 56). A divisão e discórdia sempre fizeram parte deste Movimento. A prova é que já em 1951, em uma reunião da Conferência Geral deles, na Holanda, brigaram tanto que acabaram se dividindo e formando duas Conferências Gerais da Reforma, uma com sede na Alemanha, e outra, nos Estados Unidos. Vivem acusando-se mutuamente. De vez em quando tentam a união, mas acabam intensificando as divergências. Professam a mesma doutrina, a mesma regra de fé... mas vivem separados... que incoerência! A IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA NUNCA CAIRÁ Os reformistas gostam de afirmar que a Igreja Adventista caiu. No entanto, o Espírito de Profecia sempre afirmou que isso nunca aconteceria. “ Erguem-se continuamente pequenos grupos que crêem que Deus está unicamente com os poucos, os dispersos, e sua influência é derrubar e espalhar o que os servos de Deus constroem. Espíritos desassossegados, que desejam ver e crer constantemente alguma coisa nova surgem de contínuo, uns aqui, outros ali, fazendo todos uma obra especial para o inimigo, e todavia, pretendendo possuir a verdade. Eles ficam separados do povo a quem Deus está conduzindo e fazendo prosperar, e por meio de quem a de realizar Sua grande obra ” (Testemunhos Seletos, vol. 1, p. 166, originalmente escrito em 1863). “ A Igreja talvez pareça prestes a cair, mas não cairá. Ela permanece, ao passo que os pecadores de Sião são jogados fora no joeiramento – a palha separada do trigo precioso. É esse um transe terrível, não obstante importa que tenha lugar ” (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 280). Em 1913 ela escreveu: “ Quando a noite não consigo dormir, elevo o coração a Deus em oração, e Ele me fortalece e me dá a certeza de que está com os Seus servos ministradores em campo nacional e em terras distantes. Cobro ânimo, e sinto-me abençoada ao reconhecer que o Deus de Israel ainda está guiando o Seu povo, e continuará com eles até o fim ” (Mensagens Escolhidas, vol. 3, p. 439). “ Não há necessidade de duvidar, de temer que a obra não terá êxito. Deus está à frente da obra, e Ele porá tudo em ordem. Se na direção da obra houver coisas que careçam de ajustamentos, Deus disso cuidará e operará para corrigir todo erro. Tenhamos fé em que Deus há de pilotar seguramente ao porto a nobre nau que conduz ao povo de Deus ” (Idem, vol. 2, p. 363). Os vários movimentos reformistas têm se especializado em afirmar que a Igreja Adventista do Sétimo Dia caiu em 1914, e não é mais a Igreja de Deus, constituindo-se, portanto, em babilônia (ou parte dela). Também afirmam que os que desejam se salvar devem abandonar a Igreja Adventista e se unirem aos reformistas. Idéias como estas já existiam nos tempos de Ellen White, quando muitos se levantaram para afirmar o mesmo que os reformistas afirmam hoje em dia. Qual a resposta do Espírito de Profecia? Vejamos... “ Quando se levanta alguém, de nosso meio ou fora de nós, tendo a preocupação de proclamar uma mensagem que declare que o povo de Deus pertence ao número dos de babilônia, e que pretenda que o alto clamor é um chamado para sair dela, podereis saber que esse tal não é portador da mensagem da verdade. Não recebais, não lhe desejeis bom êxito; pois Deus não falou por ele, nem lhe confiou uma mensagem, mas ele correu antes de ser enviado... Surgirão mensagens de acusação contra o povo de Deus, imitando a obra feita por Satanás em acusar o povo de Deus ” (Testemunhos para Ministros, p. 41-42). “ Aqueles que afirmam que as Igrejas Adventistas do Sétimo Dia constituem babilônia ou qualquer parte de babilônia, deveriam antes ficar em casa ” (Idem, p. 37). “ A mensagem que declara a Igreja Adventista do Sétimo Dia babilônia, e chama o povo de Deus a sair dela, não vem de nenhum mensageiro celeste, ou nenhum instrumento humano inspirado pelo Espírito de Deus ” (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 66). “ Em todas as épocas do mundo têm havido homens que pensam terem uma obra a fazer para o Senhor, e não manifestam respeito por aqueles que o Senhor tem usado. Não fazem aplicações corretas das Escrituras, e torcem as Escrituras para manterem suas próprias idéias. Quaisquer que sejam as pretensões dos que se afastam do corpo para proclamar teorias de sua própria invenção, eles estão a serviço de Satanás, a fim de maquinar algum outro ardil para desviar almas da verdade para este tempo ” (Meditações Matinais 1980, p. 170). CONCLUSÕ ES Vemos nesta primeira etapa que o Espírito de Profecia nos oferece as seguintes conclusões: 1. A Igreja Adventista do Sétimo Dia não é babilônia, nem participa dela; 2. As igrejas denominacionais caídas é que fazem parte de babilônia; 3. Não é necessário sairmos da IASD para realizarmos uma reforma; 4. Aqueles que acusam a IASD de ser babilônia estão fazendo a obra do diabo; 5. Os que andam com estas acusações devem arrepender-se, e unirem-se ao corpo de Cristo. Pr. Gilson Medeiros Distrito de Guarabira/PB Agosto/2005 Adaptação de material do Pr. Benildo Gabriel dos Santos, ex-Vice-Presidente da Associação Reformista no Brasil, atual Pastor Adventista do Sétimo Dia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário